Este blog é organizado pelo Orley, que nas horas de puro ócio se dedica a escrever "bobagens" para mostrar aqui. Obrigado por perder seu tempo lendo isso.
terça-feira, junho 01, 2004
Je m´appelle Orley Carneiro. L'histoire de ma vie a commencé le 27 juin 1956. Ma mère était en train d’accoucher. Elle était toute seule. Mon père était en travail, assez loin de notre maison. En détresse, elle a fait appel aux voisins qui l'avaient accompagnée dans ses moments de souffrance et douleur. Je suis né a ce moment, toujours à pleurer et à me plaindre.Je me disait: "Te voici, camarade. Tu es venu au monde pour être heureux. La vie est une promenade. Ne souffre pas trop!"
quarta-feira, setembro 25, 2002
Essa eu recebi via e-mail, achei o ó, e o autor é o Roberto Freire, o homem é o bicho, né!
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela
deixou a seco, você levou para conhecer a sua mãe e ela foi de blusa transparente. Você gosta de MPB e ela de
rave, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês
combinam. Então?
Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que extasy, você
adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário,
ele escuta Egberto Gismonti e Sivuca.
Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e meio galinha. Ele não tem a menor vocação para
príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas.
Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim.
Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes de Woody Allen, dos irmãos Cohen e do
Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita.
Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas
no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e
seu fettuccine ao pesto é imbativel.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desses, criatura, por que diabo
está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática:
eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim. Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e
não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Costuma ser despertado mais pelas flechas
do cupido do que por uma ficha limpa. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano.
Isso são só referências.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz,
pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó. Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é...
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela
deixou a seco, você levou para conhecer a sua mãe e ela foi de blusa transparente. Você gosta de MPB e ela de
rave, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês
combinam. Então?
Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que extasy, você
adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário,
ele escuta Egberto Gismonti e Sivuca.
Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e meio galinha. Ele não tem a menor vocação para
príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas.
Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim.
Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes de Woody Allen, dos irmãos Cohen e do
Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita.
Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas
no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e
seu fettuccine ao pesto é imbativel.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desses, criatura, por que diabo
está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática:
eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim. Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e
não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Costuma ser despertado mais pelas flechas
do cupido do que por uma ficha limpa. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano.
Isso são só referências.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz,
pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó. Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é...
sábado, setembro 07, 2002
AMORES (de um dos livros do grande Darcy Ribeiro)
As mulheres sempre me interessaram soberanamente. Desde que me lembro de mim, criança ainda, me vejo embolado nelas, carente, pedindo carinho. Encantado, querendo encantar. Quis ter muitissimas, se conto as duas ou três que sempre tive em mente como senhora dos meus desejos. Alcancei as graças de umas pouquíssimas. Uma pena.
Foram elas, são elas o sal de minha vida, o gosto e o gozo do meu viver. Marinheiro neste mundo, amor é vento que sopra em minhas velas nas travessias. Amando, navego por mares calmos e bravios, me sentindo ser e viver. Não posso é viver sem amor, desamado, na pasmaceira das calmarias, parado, bradando de ver o mar da vida marulhar à toa.
Um olhar trocado, instantâneo, me acende todo em expectativas. Antigamente, jovem, tímido demais, ficava nisto, esperando outra piscadela, com medo de que me fugisse, nem olhares me desse mais. Maduro, fiquei meio ousado, impaciente, ao primeiro sinal de assentimento provável me precipito. Assusto, assim, muitas vezes, amores levemente prometidos, nem isso, apenas insinuados, que perco porque os quero ter ali e agora, pressuroso.
Aos olhos das moças de hoje, minhas netas, sou um velho. Sou mesmo e isso me dói muito demais. Quisera o impossível, de ser confundido com essa rapaziada de agora, felizarda. A sedução intelectual às vezes remedeia um pouco. Raramente. Quando ocorre um desses encantamentos, são elas que avançam. Um beijo facial inocente, que passa raspante, lambido, pela boca, dá sinal de que ela, talvez esteja a fim. Se acontece, nos precipitamos no canal vertiginoso. Para amar é que eu quisera viver mais e mais. Viver jovem, tesudo, seduzindo, seduzido...quem me dera....
O amor é a mais funda, mais sentida, mais gozosa e mais sofrida das vivências humanas, e suspeito muito que o seja também para todo o ser vivente. Cada pessoa devia amar todos os amores de que fosse capaz. Sucessivamente em amores apaixonados , cada um deles vividos e fruidos como se fosse eterno. Pode-se amar até simultaneamente amores apaixonados, mas é um perigo, faça isso não que arrebenta coração.
Haverá quem diga, imprudente, que não falo de amor, mas de carnalidade. É certo. Amor, uma doida já me disse: é carne feito espírito. Todo amor, amor mesmo de homem à mulher e vice-versa, de homem à homem, de mulher à mulher, tem sua base carnal ou é um mero encantamento. Há uns pobres amores chamados paternais, filiais, fraternais, amigais – embora se diga que são contaminados, eles também, de carnalidade – mas esse é outro departamento.
Amor sem desejo e confluência é fervor, bem querer ou que se queira. Mas amor não é. Somos seres irremediavelmente solitários. Ao nascer, rompemos, sangrando, nossa mãe, o vínculo carnal com ela que se recupera em nostalgia, mamando, sonhando. A única comunicação possível, desde então, é a carnal do amor.. Nele é que, comungando nossos corpos engolfados um no outro, rompemos por instantes a solidão para, sendo dois, nos fazermos um naquele sagrado instante.
O só desejo de confluir, ainda que realizado, porque inalcançável, é ainda amor. A ausência de desejo é, já, desamor. Às vezes a um ser muito querido, mas que é um tão só um amor amado. Há, concordo, carnalidade sem amor, são prevaricações. Gratificantes por vezes, até demais. Tanto que alguma gente, homens, sobretudo, se vicia nelas, só querendo fornicar e variar, são bichos-gente, incapazes de amar.
Na sucessão das estações da vida, o tempo, fera, nos vai comendo, os anos infantis da idade dos dentes de leite mal capazes de morder, quando todo amor é vão e temporão. Depois, os juvenis, tão aflitos, excitante, frente ao mundo suculento, frutuoso, oferecido ao desejo sem coragem de colher o seu, deixando passar, enquanto o tempo nos esgota aquela idade. Mais tarde, apenas maduro, maduro já, ou madurão, nos chega pleno em atrações de meses, anos, todas eternas enquanto duram, disse ele. Depois, ora depois, vem a era de quem era. Triste era.
Eu, pobre de mim, estive sempre tão ocupado em planos e fazimentos, com a vida me jogando daqui prali , desatento de mim mesmo, que até do amor me vi abstente, quase sempre meio ausente. E o tempo a me acabar, inclemente. Agora, me espanto de ver aquele menino antigo, aquele rapaz, tímido, aquele homem feito, posto na idade provecta, respeitável. Só agora, tão tardiamente, sinto a dor dos buracos de mim, em que vivi ausente, desamado, enquanto o tempo me comia os idos. Inapelavelmente.
Há o amor dessa idade, queremos que haja, platônico decerto, quer dizer, sem dentes, impotente. Conheço muita gente que me falou dela, muito antes que eu a alcançasse. Todos, como eu agora, estavam acesos, querendo amar , sofrendo não poder, mas querendo, insaciáveis. O amor é um assunto preferido dos velhos que têm juízo e coragem. Muito mais que os jovens eles falam, incansavelmente, de amores imaginados, havido, ou esperados. Trêmulos já, dos anos que lhes pesam, continuam balbuciando, querendo amar.. Que força terrível a desse motor da vida que vibra em todo o ser, forçando-o a transar, multiplicar. Isto é a vida, este clamor do desejo, esta confluência sem fim, este gozo, ou a ruminação longuíssima da memória deles.
Falei uma outra vez, sinceramente, ouvido pela boca de um romance amigo. Amores dele, decerto. Veja lá: “Umas mulheres das mais mulheres desse mundo tão bem provido delas , atravessaram meu caminho, e eu, graças a Deus, o delas. Todas se imprimiram em mim... prazer e dor. Cada um ao seu modo foi o meu eterno amor naquela sua, nossa hora. Algumas ficaram em mim. Eu as terei sempre”
Que bom ter o talento de expressar tão bem o sentimento da alma humana!
Valeu Darcy! Que falta que você faz!
As mulheres sempre me interessaram soberanamente. Desde que me lembro de mim, criança ainda, me vejo embolado nelas, carente, pedindo carinho. Encantado, querendo encantar. Quis ter muitissimas, se conto as duas ou três que sempre tive em mente como senhora dos meus desejos. Alcancei as graças de umas pouquíssimas. Uma pena.
Foram elas, são elas o sal de minha vida, o gosto e o gozo do meu viver. Marinheiro neste mundo, amor é vento que sopra em minhas velas nas travessias. Amando, navego por mares calmos e bravios, me sentindo ser e viver. Não posso é viver sem amor, desamado, na pasmaceira das calmarias, parado, bradando de ver o mar da vida marulhar à toa.
Um olhar trocado, instantâneo, me acende todo em expectativas. Antigamente, jovem, tímido demais, ficava nisto, esperando outra piscadela, com medo de que me fugisse, nem olhares me desse mais. Maduro, fiquei meio ousado, impaciente, ao primeiro sinal de assentimento provável me precipito. Assusto, assim, muitas vezes, amores levemente prometidos, nem isso, apenas insinuados, que perco porque os quero ter ali e agora, pressuroso.
Aos olhos das moças de hoje, minhas netas, sou um velho. Sou mesmo e isso me dói muito demais. Quisera o impossível, de ser confundido com essa rapaziada de agora, felizarda. A sedução intelectual às vezes remedeia um pouco. Raramente. Quando ocorre um desses encantamentos, são elas que avançam. Um beijo facial inocente, que passa raspante, lambido, pela boca, dá sinal de que ela, talvez esteja a fim. Se acontece, nos precipitamos no canal vertiginoso. Para amar é que eu quisera viver mais e mais. Viver jovem, tesudo, seduzindo, seduzido...quem me dera....
O amor é a mais funda, mais sentida, mais gozosa e mais sofrida das vivências humanas, e suspeito muito que o seja também para todo o ser vivente. Cada pessoa devia amar todos os amores de que fosse capaz. Sucessivamente em amores apaixonados , cada um deles vividos e fruidos como se fosse eterno. Pode-se amar até simultaneamente amores apaixonados, mas é um perigo, faça isso não que arrebenta coração.
Haverá quem diga, imprudente, que não falo de amor, mas de carnalidade. É certo. Amor, uma doida já me disse: é carne feito espírito. Todo amor, amor mesmo de homem à mulher e vice-versa, de homem à homem, de mulher à mulher, tem sua base carnal ou é um mero encantamento. Há uns pobres amores chamados paternais, filiais, fraternais, amigais – embora se diga que são contaminados, eles também, de carnalidade – mas esse é outro departamento.
Amor sem desejo e confluência é fervor, bem querer ou que se queira. Mas amor não é. Somos seres irremediavelmente solitários. Ao nascer, rompemos, sangrando, nossa mãe, o vínculo carnal com ela que se recupera em nostalgia, mamando, sonhando. A única comunicação possível, desde então, é a carnal do amor.. Nele é que, comungando nossos corpos engolfados um no outro, rompemos por instantes a solidão para, sendo dois, nos fazermos um naquele sagrado instante.
O só desejo de confluir, ainda que realizado, porque inalcançável, é ainda amor. A ausência de desejo é, já, desamor. Às vezes a um ser muito querido, mas que é um tão só um amor amado. Há, concordo, carnalidade sem amor, são prevaricações. Gratificantes por vezes, até demais. Tanto que alguma gente, homens, sobretudo, se vicia nelas, só querendo fornicar e variar, são bichos-gente, incapazes de amar.
Na sucessão das estações da vida, o tempo, fera, nos vai comendo, os anos infantis da idade dos dentes de leite mal capazes de morder, quando todo amor é vão e temporão. Depois, os juvenis, tão aflitos, excitante, frente ao mundo suculento, frutuoso, oferecido ao desejo sem coragem de colher o seu, deixando passar, enquanto o tempo nos esgota aquela idade. Mais tarde, apenas maduro, maduro já, ou madurão, nos chega pleno em atrações de meses, anos, todas eternas enquanto duram, disse ele. Depois, ora depois, vem a era de quem era. Triste era.
Eu, pobre de mim, estive sempre tão ocupado em planos e fazimentos, com a vida me jogando daqui prali , desatento de mim mesmo, que até do amor me vi abstente, quase sempre meio ausente. E o tempo a me acabar, inclemente. Agora, me espanto de ver aquele menino antigo, aquele rapaz, tímido, aquele homem feito, posto na idade provecta, respeitável. Só agora, tão tardiamente, sinto a dor dos buracos de mim, em que vivi ausente, desamado, enquanto o tempo me comia os idos. Inapelavelmente.
Há o amor dessa idade, queremos que haja, platônico decerto, quer dizer, sem dentes, impotente. Conheço muita gente que me falou dela, muito antes que eu a alcançasse. Todos, como eu agora, estavam acesos, querendo amar , sofrendo não poder, mas querendo, insaciáveis. O amor é um assunto preferido dos velhos que têm juízo e coragem. Muito mais que os jovens eles falam, incansavelmente, de amores imaginados, havido, ou esperados. Trêmulos já, dos anos que lhes pesam, continuam balbuciando, querendo amar.. Que força terrível a desse motor da vida que vibra em todo o ser, forçando-o a transar, multiplicar. Isto é a vida, este clamor do desejo, esta confluência sem fim, este gozo, ou a ruminação longuíssima da memória deles.
Falei uma outra vez, sinceramente, ouvido pela boca de um romance amigo. Amores dele, decerto. Veja lá: “Umas mulheres das mais mulheres desse mundo tão bem provido delas , atravessaram meu caminho, e eu, graças a Deus, o delas. Todas se imprimiram em mim... prazer e dor. Cada um ao seu modo foi o meu eterno amor naquela sua, nossa hora. Algumas ficaram em mim. Eu as terei sempre”
Que bom ter o talento de expressar tão bem o sentimento da alma humana!
Valeu Darcy! Que falta que você faz!
sábado, maio 04, 2002
Hoje os caminhos da literatura me levaram a conhecer Pierre Louys (1870 - 1925), escritor francês fantástico, extremo gozador, que aproveitando-se dos seus vastos conhecimentos da cultura helênica, pregou uma das maiores farsas da história da Literatura, fingiu que seus poemas e textos eram traduções de supostos escritores gregos da era 176 A.C.
Pois bem, culto que era, enganou a todos a ponto de famosos literatos e críticos da época "reconhecerem" os autores que ele supostamente traduzia, um ano antes de sua morte, em 1924, ele se abriu para o mundo para o desespero de muita gente. Depois tentaram minimizá-lo pela "brincadeira", enquadrando-o como um autorzinho qualquer. Mas, fato é, ele foi grande. Dentre muitas obras a personagem Bilitis, a lésbica mais famosa da literatura da época, escandalizou o mundo "decente" de então. Le Chansons de Bilitis ( As Canções de Bilitis), versos extremamentes amorosos e eróticos chocaram os puritanos da época.
A grandeza da obra deve-se ao fato de que, homem que era, interpretar tão convincentemente amores homossexuais femininos, dentro de um contexto da época em que eles teriam acontecido, a época dos deuses da Mitolologia grega. Escreveu também Aphrodite, verdadeira obra de amor e erotismo , desta vez, heterossexual.
Vale a pena ler as Canções de Bilitis, segue uma pequena amostra de sua obra, pesquise mais nos sites da vida...
O PASSADO QUE SOBREVIVE
Deixarei o leito como ela o deixou, desfeito e rasgado,
os lençóis misturados , a fim de que a forma do seu corpo
fique impressa ao lado do meu.
Até amanhã não irei ao banho, não usarei roupas não pentearei os
cabelos de medo de apagar as carícias.
Esta manhã não comerei, nem esta noite, e nos meus lábios não passarei rouge nem pó,
a fim de que seu beijo permaneça.
Deixarei os postigos fechados e não abrirei a porta, de medo que a lembrança vá se
embora com o vento....
OS SEIOS DE MNASIDIKA
Com cuidado, ela abriu com uma mão a túnica, e me ofertou os seios mornos e doces,
como quem oferta um casal de rolinhas vivas.
"Ama-os bastante, disse ela: Eu os amo tanto! São queridos, são crianças.
Cuida deles quando eu estou sozinha. Brinca com eles, dá-me prazer!
"Banho-os com leite. Passo-lhes pó de flores. Meus cabelos finos que os
enxugam são amados por seus pequenos bicos. Acaricios-os me arrepiando. E deitos-os na lã.
"Como nunca terei filhos, sê tu o seu bebê, meu amor,
e já que estão longe de minha boca, beija-os por mim."
Esta é somente uma pequena amostra, tem outras pérolas preciosas,
verdadeiras audácias para a época, sexo oral explícto e insinuado,
o amor carnal em sua plenitude, que existia mas
que ningúem ousava falar disso em público.
A AUSÊNCIA
Ela saiu, está longe, mas eu a vejo, pois tudo está repleto dela neste quarto,
tudo lhe pertence, e eu como o resto.
Este leito ainda tépido em que deixo errar minha boca está amassado na medida
de seu corpo. Nesta almofada macia dormiu sua cabecinha envolta com cabelos.
Esta bacia é a bacia em que ela se lavou; este pente penetrou nos nós de sua cabeleira
embaraçada. Estas conchas de gaze contiveram seus seios.
Mas o que não ouso tocar com o dedo é este espelho em que ela viu suas escoriações
ainda quente e em que talvez subsista ainda o reflexo de seus lábios molhados.
Pois bem, culto que era, enganou a todos a ponto de famosos literatos e críticos da época "reconhecerem" os autores que ele supostamente traduzia, um ano antes de sua morte, em 1924, ele se abriu para o mundo para o desespero de muita gente. Depois tentaram minimizá-lo pela "brincadeira", enquadrando-o como um autorzinho qualquer. Mas, fato é, ele foi grande. Dentre muitas obras a personagem Bilitis, a lésbica mais famosa da literatura da época, escandalizou o mundo "decente" de então. Le Chansons de Bilitis ( As Canções de Bilitis), versos extremamentes amorosos e eróticos chocaram os puritanos da época.
A grandeza da obra deve-se ao fato de que, homem que era, interpretar tão convincentemente amores homossexuais femininos, dentro de um contexto da época em que eles teriam acontecido, a época dos deuses da Mitolologia grega. Escreveu também Aphrodite, verdadeira obra de amor e erotismo , desta vez, heterossexual.
Vale a pena ler as Canções de Bilitis, segue uma pequena amostra de sua obra, pesquise mais nos sites da vida...
O PASSADO QUE SOBREVIVE
Deixarei o leito como ela o deixou, desfeito e rasgado,
os lençóis misturados , a fim de que a forma do seu corpo
fique impressa ao lado do meu.
Até amanhã não irei ao banho, não usarei roupas não pentearei os
cabelos de medo de apagar as carícias.
Esta manhã não comerei, nem esta noite, e nos meus lábios não passarei rouge nem pó,
a fim de que seu beijo permaneça.
Deixarei os postigos fechados e não abrirei a porta, de medo que a lembrança vá se
embora com o vento....
OS SEIOS DE MNASIDIKA
Com cuidado, ela abriu com uma mão a túnica, e me ofertou os seios mornos e doces,
como quem oferta um casal de rolinhas vivas.
"Ama-os bastante, disse ela: Eu os amo tanto! São queridos, são crianças.
Cuida deles quando eu estou sozinha. Brinca com eles, dá-me prazer!
"Banho-os com leite. Passo-lhes pó de flores. Meus cabelos finos que os
enxugam são amados por seus pequenos bicos. Acaricios-os me arrepiando. E deitos-os na lã.
"Como nunca terei filhos, sê tu o seu bebê, meu amor,
e já que estão longe de minha boca, beija-os por mim."
Esta é somente uma pequena amostra, tem outras pérolas preciosas,
verdadeiras audácias para a época, sexo oral explícto e insinuado,
o amor carnal em sua plenitude, que existia mas
que ningúem ousava falar disso em público.
A AUSÊNCIA
Ela saiu, está longe, mas eu a vejo, pois tudo está repleto dela neste quarto,
tudo lhe pertence, e eu como o resto.
Este leito ainda tépido em que deixo errar minha boca está amassado na medida
de seu corpo. Nesta almofada macia dormiu sua cabecinha envolta com cabelos.
Esta bacia é a bacia em que ela se lavou; este pente penetrou nos nós de sua cabeleira
embaraçada. Estas conchas de gaze contiveram seus seios.
Mas o que não ouso tocar com o dedo é este espelho em que ela viu suas escoriações
ainda quente e em que talvez subsista ainda o reflexo de seus lábios molhados.
quarta-feira, agosto 15, 2001
The feeling of obligation is something that is common in most relationships. I know that I've been through it and now that I look at it, it was because of that feeling that I was hurt the most. I gave so much that I can never get back and I regret that so much. I just didn't want to lose her. I still don't understand the feelings that I felt, as well as the reason why I did some of the things I did, but I guess some things are suppose to remain a mystery.
This poem is dedicated to a special girl I have recently met. It is not forbidden to dream! The rough walk of the humankind was paved throuhg dreams of those who insist in believing in their impossible ones. Thanks to Liza Marie for the inspiration.
MY BELOVED SWEATHEART
Why do I smile at the sound of your voice?
Why do I let you take over me as if I had no choice?
Why do I let you touch me in places never touched?
Why do I like to have you around so much?
Why do I melt at the tenderness of your kiss?
Why do I feel like I could live forever like this?
Why do I put my heart in your hands?
Why do I answer to your every demand?
Why do I tell you leaving me is not your wrong?
Why do I let you know with out you I'm not quite as strong?
Why do I take you back even though I know it's not right?
Why do I feel like I should please you by not putting up a fight?
Why do I care about you even though you hurt me?
Why do I turn my head from what's plain reality?
Why do I try to hide from what is true?
Why do I still have these feelings for you?
This poem is dedicated to a special girl I have recently met. It is not forbidden to dream! The rough walk of the humankind was paved throuhg dreams of those who insist in believing in their impossible ones. Thanks to Liza Marie for the inspiration.
MY BELOVED SWEATHEART
Why do I smile at the sound of your voice?
Why do I let you take over me as if I had no choice?
Why do I let you touch me in places never touched?
Why do I like to have you around so much?
Why do I melt at the tenderness of your kiss?
Why do I feel like I could live forever like this?
Why do I put my heart in your hands?
Why do I answer to your every demand?
Why do I tell you leaving me is not your wrong?
Why do I let you know with out you I'm not quite as strong?
Why do I take you back even though I know it's not right?
Why do I feel like I should please you by not putting up a fight?
Why do I care about you even though you hurt me?
Why do I turn my head from what's plain reality?
Why do I try to hide from what is true?
Why do I still have these feelings for you?
sexta-feira, agosto 03, 2001
UFA!!!! Acabou o Congresso!!!!!
Depois de tantos sobressaltos e noites mal dormidas, finalmente acabou o XXI Congresso da Sociedade Brasileira de Computação.
Apesar de tudo, entre mortos e feridos se salvaram todos. Não extraviamos nenhum congressista (apesar do cagão do Eduardo faltar me deixar louco) eu consegui me salvar. Minha pressão medida hoje no exame do Detran pra renovar a carteira de habilitação deu 14x9 e o coração palpitando, o que fez a doutorinha linda que me atendeu perguntar porque razão de tanta ansiedade.
Valeu por tudo e muito obrigado a Jane,a Gabi, a Rosana e suas tarifas de 6.000 reais ao "bambi" do Antoin Jusé e ao Ph.D Flávio Wanderley "Boschilla" ah! ia esquecendo do Eduardo que vai dormir sonhando com o Gilberto Lacerda, George Dupas, Maria Elenita etc, etc...
Amanhã cervas geladas e um peixinho maroto em Canoa Quebrada, afinal ninguém é de ferro....
Depois de tantos sobressaltos e noites mal dormidas, finalmente acabou o XXI Congresso da Sociedade Brasileira de Computação.
Apesar de tudo, entre mortos e feridos se salvaram todos. Não extraviamos nenhum congressista (apesar do cagão do Eduardo faltar me deixar louco) eu consegui me salvar. Minha pressão medida hoje no exame do Detran pra renovar a carteira de habilitação deu 14x9 e o coração palpitando, o que fez a doutorinha linda que me atendeu perguntar porque razão de tanta ansiedade.
Valeu por tudo e muito obrigado a Jane,a Gabi, a Rosana e suas tarifas de 6.000 reais ao "bambi" do Antoin Jusé e ao Ph.D Flávio Wanderley "Boschilla" ah! ia esquecendo do Eduardo que vai dormir sonhando com o Gilberto Lacerda, George Dupas, Maria Elenita etc, etc...
Amanhã cervas geladas e um peixinho maroto em Canoa Quebrada, afinal ninguém é de ferro....
sexta-feira, julho 20, 2001
sábado, julho 14, 2001
XXI Congresso da Sociedade Brasileira de Computação
Eita congresso pra dar tabalho, haja dias e noites de preocupações !
Depois desse Congresso vou ficar pelos menos uma semana de molho numa praia dessas, longe de telefone, computador e principalmente, do Eduardo ( meu colega de congresso) que está "enchendo o saco"!!!!
Até mais, babies!!!!
Eita congresso pra dar tabalho, haja dias e noites de preocupações !
Depois desse Congresso vou ficar pelos menos uma semana de molho numa praia dessas, longe de telefone, computador e principalmente, do Eduardo ( meu colega de congresso) que está "enchendo o saco"!!!!
Até mais, babies!!!!
domingo, junho 24, 2001
Sempre fui fascinado pela exploração do espaço pelo homem, desde o início da corrida espacial, duramente disputada no período da Guerra Fria entre russos e americanos. Acompanhei com a avidez e a curiosidade de criança a chegada do homem à Lua, ouvindo a transmissão pelo rádio, barulhenta e cheia de ruídos, a voz nasalada e rouca de Neil Armstrong dizendo: “É um pequeno passo do homem e um gigantesco salto para a humanidade”.
As motos - mochilas voadoras usadas pelas tripulações sempre me intrigaram, por que não construir uma versão terráquea dessas motos maravilhosas, surge agora uma idéia que poderá viabiliza-la num futuro próximo. Veja essa reportagem da Isto É Digital:
Desde 1994, o empresário texano Jay Carter investe num sonho: mostrar a viabilidade de um novo tipo de aeronave híbrida de helicóptero com avião, o heliplano. Batizado de cartercóptero, seu primeiro protótipo pode transportar cinco pessoas por 3.900 km (distância pouco menor do que a que separa Los Angeles e Nova York) gastando apenas 500 litros de combustível e desenvolvendo no máximo de 750 km/h, 90% da velocidade de um Boeing 737. Como não necessita de uma pista de pouso e de decolagem, a nova aeronave é um forte candidato a concorrer com o helicóptero e fazer pipocar milhares de Vertiportos (aeroportos de decolagem e pouso vertical) por todo o planeta.
A mágica para fazer o pequeno cartercóptero ser tão econômico é o fato dele ser pressurizado e projetado para voar a 15.000 m de altitude, 5 km acima das rotas dos jatos comerciais e onde a densidade do ar é tão baixa que - embora suficiente para manter a sustentação da aeronave - minimiza ao máximo a resistência ao seu avanço. Voando ao nível do mar, por exemplo, o cartercóptero é muito mais lento. Desenvolve no máximo 370 km por hora.
Jay Carter tem planos de lançar comercialmente quatro modelos de heliplano. O primeiro será pequenino (360 kg e US$ 100 mil) e não-tripulado, para missões de reconhecimento militar. O segundo, de 2.400 kg, equivale a um pequeno helicóptero e transportará 5 pessoas. O terceiro heliplano, de 22 ton, terá as dimensões de um avião médio com capacidade para 40 passageiros. O irmão maior dessa família será um gigante cargueiro de 90 ton e preço unitário de US$ 100 milhões. Terá 32 m de comprimento, asas com 38 m de envergadura, rotores de 45 m de diâmetro e alto como um prédio de quatro andares. Carter quer que seu mamute aéreo tire mercado do Hércules C-130, o principal avião cargueiro das forças armadas americanas e que custa US$ 85 milhões. Na versão de passageiros caberão até 150 poltronas.
Ainda não há data para o lançamento dos primeiros modelos, o que deve ocorrer nos próximos dois anos. Mas se eles forem bem sucedidos comercialmente, com certeza serão visão comum nos céus das grandes cidades brasileiras, em especial São Paulo, dona da segunda maior frota de helicópteros do planeta (450 aparelhos, menos apenas que Nova York) e 192 helipontos, sem contar os dois enormes helicentros com capacidade para guardar até 180 aparelhos cada, a serem inaugurados nos bairros do Jaguaré e em Carapicuíba até o fim do ano.
As motos - mochilas voadoras usadas pelas tripulações sempre me intrigaram, por que não construir uma versão terráquea dessas motos maravilhosas, surge agora uma idéia que poderá viabiliza-la num futuro próximo. Veja essa reportagem da Isto É Digital:
Desde 1994, o empresário texano Jay Carter investe num sonho: mostrar a viabilidade de um novo tipo de aeronave híbrida de helicóptero com avião, o heliplano. Batizado de cartercóptero, seu primeiro protótipo pode transportar cinco pessoas por 3.900 km (distância pouco menor do que a que separa Los Angeles e Nova York) gastando apenas 500 litros de combustível e desenvolvendo no máximo de 750 km/h, 90% da velocidade de um Boeing 737. Como não necessita de uma pista de pouso e de decolagem, a nova aeronave é um forte candidato a concorrer com o helicóptero e fazer pipocar milhares de Vertiportos (aeroportos de decolagem e pouso vertical) por todo o planeta.
A mágica para fazer o pequeno cartercóptero ser tão econômico é o fato dele ser pressurizado e projetado para voar a 15.000 m de altitude, 5 km acima das rotas dos jatos comerciais e onde a densidade do ar é tão baixa que - embora suficiente para manter a sustentação da aeronave - minimiza ao máximo a resistência ao seu avanço. Voando ao nível do mar, por exemplo, o cartercóptero é muito mais lento. Desenvolve no máximo 370 km por hora.
Jay Carter tem planos de lançar comercialmente quatro modelos de heliplano. O primeiro será pequenino (360 kg e US$ 100 mil) e não-tripulado, para missões de reconhecimento militar. O segundo, de 2.400 kg, equivale a um pequeno helicóptero e transportará 5 pessoas. O terceiro heliplano, de 22 ton, terá as dimensões de um avião médio com capacidade para 40 passageiros. O irmão maior dessa família será um gigante cargueiro de 90 ton e preço unitário de US$ 100 milhões. Terá 32 m de comprimento, asas com 38 m de envergadura, rotores de 45 m de diâmetro e alto como um prédio de quatro andares. Carter quer que seu mamute aéreo tire mercado do Hércules C-130, o principal avião cargueiro das forças armadas americanas e que custa US$ 85 milhões. Na versão de passageiros caberão até 150 poltronas.
Ainda não há data para o lançamento dos primeiros modelos, o que deve ocorrer nos próximos dois anos. Mas se eles forem bem sucedidos comercialmente, com certeza serão visão comum nos céus das grandes cidades brasileiras, em especial São Paulo, dona da segunda maior frota de helicópteros do planeta (450 aparelhos, menos apenas que Nova York) e 192 helipontos, sem contar os dois enormes helicentros com capacidade para guardar até 180 aparelhos cada, a serem inaugurados nos bairros do Jaguaré e em Carapicuíba até o fim do ano.
segunda-feira, junho 18, 2001
Não é fácil ser poeta. É preciso cortejar as musas, lutar contra a indiferença do público e a maldade dos críticos.Com sorte, alguns de seus versos sobrevivem e chegam às gerações futuras. Mas nem aí sua obra está a salvo. Quando menos se espera, um assassino resolve lançar mão dela. Foi o que ocorreu com o poeta inglês William Ernest Henley (1849-1903) na segunda-feira da semana passada.
Nesse dia, pouco antes de ser executado com uma injeção letal, o terrorista americano Timothy McVeigh, responsável pelo atentado que matou 168 pessoas em Oklahoma seis anos atrás, ouviu a pergunta de praxe: "Você quer dizer suas últimas palavras?". Calado, ele estendeu ao policial uma folha com um poema escrito a mão. Em tradução literal, os últimos versos diziam: "Não importa o quão difícil a passagem/ A quantidade de condenações que recaiam sobre mim/ Eu sou o mestre do meu destino/ Eu sou o capitão da minha alma". Não, a iminência da morte não transformou McVeigh em bardo. Na verdade, ele tomou emprestados os versos do poema Invictus, obra mais famosa de Henley. No fim do século XIX, esse venerável cavalheiro vitoriano era uma das principais figuras do meio literário de seu país. Editou os primeiros escritos de autores como Thomas Hardy, George Bernard Shaw e H.G. Wells.
Também foi grande amigo do romancista Robert Louis Stevenson, que se inspirou nele, que havia perdido um pé por causa de uma doença, para criar o pirata aleijado Long John Silver, personagem do livro A Ilha do Tesouro. De sua própria lavra, o escritor produziu, além de poemas, ensaios – um dos quais, curiosamente, contra Stevenson. Pobre Henley. Dedicou a vida a promover a cultura. Acabou usado para glamourizar um bárbaro. (Revista VEJA - Edição 1705, de 17 de junho de 2001)
Veja na íntegra os versos de Henley:
Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance,
I have not winced, nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance,
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears,
Looms but the horror of the shade.
And yet the menace of the years
Finds, and shall find me, unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
Nesse dia, pouco antes de ser executado com uma injeção letal, o terrorista americano Timothy McVeigh, responsável pelo atentado que matou 168 pessoas em Oklahoma seis anos atrás, ouviu a pergunta de praxe: "Você quer dizer suas últimas palavras?". Calado, ele estendeu ao policial uma folha com um poema escrito a mão. Em tradução literal, os últimos versos diziam: "Não importa o quão difícil a passagem/ A quantidade de condenações que recaiam sobre mim/ Eu sou o mestre do meu destino/ Eu sou o capitão da minha alma". Não, a iminência da morte não transformou McVeigh em bardo. Na verdade, ele tomou emprestados os versos do poema Invictus, obra mais famosa de Henley. No fim do século XIX, esse venerável cavalheiro vitoriano era uma das principais figuras do meio literário de seu país. Editou os primeiros escritos de autores como Thomas Hardy, George Bernard Shaw e H.G. Wells.
Também foi grande amigo do romancista Robert Louis Stevenson, que se inspirou nele, que havia perdido um pé por causa de uma doença, para criar o pirata aleijado Long John Silver, personagem do livro A Ilha do Tesouro. De sua própria lavra, o escritor produziu, além de poemas, ensaios – um dos quais, curiosamente, contra Stevenson. Pobre Henley. Dedicou a vida a promover a cultura. Acabou usado para glamourizar um bárbaro. (Revista VEJA - Edição 1705, de 17 de junho de 2001)
Veja na íntegra os versos de Henley:
Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance,
I have not winced, nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance,
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears,
Looms but the horror of the shade.
And yet the menace of the years
Finds, and shall find me, unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
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